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    Romance

    A história original de A Bela e a Fera

    Ana SteinbachPor Ana Steinbach6 de junho de 2021Atualizado:1 de novembro de 20232 Comentários8 Min de leitura
    Ilustração original de a bela e a fera
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    A história de A Bela e a Fera todo mundo já conhece pelos filmes da Disney: uma bela moça quebra a maldição de um horrível monstro ao se apaixonar por ele, apesar de sua aparência.

    Mas será que essa é mesmo a história original de A Bela e a Fera?

    Na verdade o conto de fadas é muito mais cruel e cheia de detalhes do que a história que estamos acostumados. E descobrimos isso na edição dos Clássicos Zahar, um livro que sacia todas essas e outras curiosidades sobre esse conto da nossa infância.

    Baseado em uma história real

    Pintura de Petrus Gonsalvus e sua esposa Catarina
    Pintura de Petrus Gonsalvus e sua esposa Catherine

    Antes de começar a falar do conto em si, preciso falar que esse conto de fadas pode ter sido baseada na história de Petrus Gonsalvus, um homem com a condição da “síndrome do lobisomem”, a Hipertricose.

    Gonsalvus tinha o crescimento anormal de pelos em todo o corpo e era mantido na corte como “uma excentricidade”, já que ele era considerado mais um animal do que homem.

    Como parte do experimento de sua “dona”, a rainha casou Petrus com uma linda serviçal – a mais linda da corte, aparentemente. Seu objetivo era saber se ele poderia gerar descendentes humanos e, se sim, como eles seriam.

    Apesar do aparente susto inicial da noiva, já que ela não sabia quem era seu noivo até o dia do casamento, eles tiveram vários filhos e um casamento amoroso.

    Mas as correlações acabam por aí. A família não teve um final feliz e os filhos foram separados.

    Agora sim, vamos aos principais diferenças entre a história que conhecemos e o conto original:

    Uma história sobre engodos e maldições

    Ilustração de A Bela e a Fera

    Toda a história do casal na verdade faz parte de um verdadeiro engodo arquitetado por uma fada do bem. Tudo para que as maldições da Fera e da Bela fossem quebradas.

    E para que o plano desse certo, Bela precisava morar por vontade própria no castelo.

    Como a fada sabia que a filha se sacrificaria pelo pai, o mercador foi magicamente inclinado a pegar uma rosa no castelo abandonado – enquanto a fera estava preparada para pegá-lo no flagra.

    Quando chegou ao castelo, Bela foi muito bem recebida. Todos os jantares eram servidos magicamente e o castelo lhe proporcionava todas as alegrias que precisava.

    Quando ia dormir, ela encontrava-se com um lindo príncipe. Eles se apaixonaram ardentemente, mas ele parecia só existir em seus sonhos dentro do castelo.

    Coragem, Bela; seja o modelo das mulheres generosas, sensata e encantadora. Não hesite sacrificar a inclinação ao dever.

    Toda a generosidade do castelo não era à toa, Bela precisava concordar em se casar com a fera também por livre e espontânea vontade.

    Bela tem irmãs muito ciumentas e invejosas

    Bela tem 2 irmãs que são extremamente invejosas, ao ponto de desejarem que a irmã mais nova sofra um acidente fatal. Ela também tem diversos irmãos mais velhos, que gostam e cuidam dela da forma que podem.

    As irmãs se ressentem de Bela por ela ser tão perfeita: bonita, gentil e delicada, arrancando a atenção de todos os homens.

    Uma das irmãs só se preocupava com a beleza do seu futuro esposo, enquanto a outra esperava que ele fosse muito bom de papo. O resto não importava.

    Para o conto, nenhuma dessas características sozinhas deveriam importar na escolha de um marido.

    Não haviam serviçais vivos no castelo

    As únicas pessoas vivas no castelo são a Bela e a Fera. Outros animais mais inteligentes que o normal aparecem para ajudar e entreter a moça, mas só.

    Não existe Lumiere, ou Horloge. Na verdade todo mundo foi transformado em pedra e continuou em um sono encantado até o feitiço ser quebrado.

    A Fera, além de feia, era desprovida de boas maneiras 

    Devido à sua maldição, a fera também não podia ser gentil. Então todas as noites, na intenção de finalmente desposar alguém e quebrar o encanto, ela perguntava se Bela gostaria de dividir o leito com ela.

    A pergunta enojava Bela e a impediu de apreciar suas visitas. Como ela tinha bom coração, continuou dizendo não gentilmente.

    Suas conversas eram breves, já que Fera não era capaz de manter uma conversa interessante, e eles mal se viam ou interagiam. A moça passava o dia inteiro aproveitando as interações mágicas do castelo.

    Mas tudo cansa, a maior felicidade se torna insípida quando é ininterrupta, quando deriva sempre da mesma fonte e nos vemos imunes ao medo e à esperança. Bela teve essa experiência.

    Bela casa com a Fera por dever, não por amor

    Ilustração de a bela e a fera moderno

    Quando a Fera permite que Bela fique com sua família por 30 dias, não menos acompanhada de baús com tesouros e riquezas, Bela acaba ficando mais tempo do que devia com seu pai e irmãos.

    Mesmo não querendo abandonar seu pai, Bela se sente cada vez mais ingrata por não apreciar a vida boa que a fera estava dando para ela e sua família. Sonhando que a Fera corria sério risco de morrer pela tristeza de não poder mais vê-la (sim, bem dramático), a personagem volta ao castelo por puro dever.

    Quando volta, ela encontra a fera quase morta e negando-se a comer. É aí que então ela percebe quanto sentiria falta da generosidade daquele ser feio, e enfim aceita o pedido de casamento dele.

    Na verdade a Bela amava mesmo era o homem lindo e misterioso que aparecia em seus sonhos toda vez que dormia no castelo. O homem sempre dizia que ela precisava libertá-lo, mas ela não entendia como. 

    No fim ela entendeu que seu dever deveria falar mais alto que seu amor pelo homem misterioso.

    Mas depois de dormirem no mesmo quarto, não era mais a Fera que estava ao seu lado, mas, sim, o lindo príncipe pelo qual ela havia se apaixonado.

    O motivo da maldição da Fera

    Ilustração de Bela conversando com a Fera

    Aqui a coisa fica um pouco complicada.

    Um dia um Rei e uma fada se uniram. Isso não foi muito aceito lá no reino das fadas, lugar onde existiam regras bem específicas sobre o que se pode ou não fazer, e essa fada foi expulsa.

    Uma outra fada, uma fada má e velha, foi ver quem era esse tal Rei – e acabou também se encantando por ele. O Rei tinha uma irmã que era Rainha de outro reino. Esta rainha era a mãe da Fera.

    A fada má, para se aproximar da família, se tornou responsável por cuidar e educar o filho da Rainha desde pequeno enquanto ela estava longe.

    Durante esse tempo, o afeto maternal da fada velha muda e o relacionamento deles passa a não ser mais o suficiente.

    Suas censuras me deixavam perplexo, eu não julgava merecê-las. Eram sempre seguidas ou precedidas das carícias mais meigas, coisa que eu ainda era muito inexperiente para entender.

    O príncipe sobre a fada má

    Quando a fada velha e má sugere um casamento entre eles, a rainha e o príncipe o negam. Como resposta, ela solta a maldição no pobre coitado.

    Ela o amaldiçoou para que ele fosse uma fera horrível e sem gentilezas, e que sua única saída era casar com alguém por livre e espontânea vontade.

    A maldição de Bela

    Na verdade bela é uma princesa. O que era bom, porque a rainha não iria permitir que seu filhinho casasse com uma mera plebeia.

    O pai de Bela era aquele Rei, tio da Fera, e sua mãe era a fada que precisou abandonar a todos porque estava desobedecendo as leis do seu próprio povo ao se unir com um humano.

    Isso quer dizer que a Bela e a Fera eram primos… o que era meio normal naquela época?

    A verdadeira filha do pai de criação da Bela, o mercador, faleceu quando bebê e foi substituída – pela fada boazinha, que queria consertar aquela bagunça toda de maldições – por Bela sem ninguém perceber.

    Quando bebê, Bela também foi amaldiçoada pela fada má a se casar com um monstro quando a velha não conseguiu se livrar dela.

    Minha avaliação do livro da editora Zahar

    Livro clássicos A Bela e A Fera

    O livro de bolso da editora possui 3 partes:

    1. Um relato sobre as escritoras da versão original e a repaginada, além da história de vida de Petrus.
    2. A história como a conhecemos, no formato resumido.
    3. A história original.

    A escrita da 1ª parte deixa um pouco a desejar, com fatos apontados de forma muito direta.

    Mas a história original também não ser bem escrita foi o que mais me decepcionou desse livro. Até porque na capa está escrito sobre “a surpreendente história original”.

    A explicação inteira da trama da história é feita por um diálogo enorme, de várias páginas. É muito tedioso e cheio de detalhes que, contados da maneira que foram, deixam a história muito confusa.

    Não é à toa que a versão resumida é bem mais famosa, tá?

    De qualquer forma, para mim foi interessante entender melhor a origem do conto, algo que eu sempre tive curiosidade de aprender.

    A edição em si é muito bonita. Ela combina bastante com as dos outros clássicos, como Peter Pan, e o tamanho de bolso deixa tudo ainda mais fofo. As ilustrações coloridas também dão um toque especial, apesar do tamanho reduzido das páginas. 

    Se você é fã de A Bela e a Fera eu recomendo a leitura do livro.

    Minha nota final é de 3 de 5 estrelas.

    A Bela e a Fera Contos de Fadas Contos Infantis Resumo
    Ana Steinbach
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    Ana Steinbach é a editora-chefe e idealizadora do Amor por Livros. Pós-graduada em Design Gráfico, ela trabalha com marketing, design e análise de dados, combinando essas habilidades com sua paixão por livros para criar conteúdos. Ana leu mais de 300 livros e tem mais de 7 anos de experiência resenhando livros e acompanhando o mercado literário. Além de livros, ela também é apaixonada por mangás, jogos e séries.

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    Fabio
    Fabio
    3 anos atrás

    Olha, te falar que eu não manjo muito das “histórias da Disney” mas cara, praticamente todo conto de fadas tem um fundo sombrio né?!
    😡

    0
    Responder
    Ana Steinbach
    Autor
    Ana Steinbach
    3 anos atrás
    Responder  Fabio

    Sim, até porque os contos de fadas não tinham o teor infantil que eles têm agora, e não necessariamente tinham uma lição de moral também. Suas formas originais foram escritos uma outra época, e muito dos costumes e o que era considerado normal mudou desde então.
    Os contos que conhecemos hoje foram adaptados e passados para uma linguagem mais suave possivelmente no século XVII, de acordo com a Wikipédia 🙂

    0
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