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    Resenha: A Quinta Estação, A Terra Perdida #1

    Jael Jaime RainertPor Jael Jaime Rainert3 de julho de 2022Atualizado:13 de janeiro de 20246 Min de leitura
    Destaque do livro A Quinta Estação
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    No primeiro livro de uma trilogia, em A Quinta Estação N.K Jemisin cria um mundo atormentado por terríveis desastres naturais, onde algumas pessoas que poderiam acalmar e ajudar são vistas como perigosas e, por consequência, subjugadas.

     A ideia de que não somos humanos é apenas uma mentira que eles contam a si mesmos para não ter que se sentir mal pela forma como nos tratam…

    A frase acima poderia ser usada em vários momentos da história humana. Como a escravidão dos povos africanos, trazidos ao Brasil ou o genocídio mais famoso do século XX, O Holocausto, o extermínio sistemático de milhões de judeus na segunda guerra.

    Esta frase impactante, apesar de se assemelhar com o mundo que vivemos, foi retirada de “A Quinta Estação”, dita por um “orogene”, uma pessoa capaz de usar a energia da terra para acalmar tremores ou destruir montanhas. 

    Por possuírem um poder gigantesco, o povo de Quietude (Nome irônico do continente atormentado por terremotos e tsunamis) os trata como seres amaldiçoados e simples ferramentas do império.

    A história de A Quinta Estação

    O livro é dividido em capítulos que intercalam a visão de 3 personagens. Damaya, Syenite e Essun, cuja idade e poderes são de níveis diferentes. A divisão da história por essas três personagens é uma das coisas que me fizeram adorar o livro.

    Pela visão de cada uma, aprendemos mais sobre esse mundo recém apresentado no livro. Como elas possuem uma experiência diferente, conseguimos perceber várias características da sociedade, governo e geografia.

    Essun: uma mãe em busca de vingança contra o marido que assassinou seu filho e raptou sua filha. Seus filhos herdaram seus poderes, mas ela não conseguiu ensiná-los a tempo para esconderem sua natureza dos demais, inclusive do próprio pai.

    Nessa linha narrativa percebemos o tamanho do ódio dos “quietos” (pessoas normais, sem poderes) com os oregenes.

    Os capítulos de Essun possuem uma particularidade: eles são narrados em segunda pessoa, ou seja, o autor coloca os leitores como sendo o personagem em si.

    Você é ela. Ela é você. Você é Essun. Lembra? A mulher cujo filho está morto. Você é uma orogene que está morando nessa cidadezinha de nada de Tirimo há dez anos. Só três pessoas aqui sabem o que você é, e você deu à luz duas delas. Bem. Só resta mais uma pessoa que sabe, agora.”

    Damaya: uma criança que se descobre uma oregene e é levada ao fulcro, onde é treinada (e por muitas vezes castigada) para controlar seus poderes e ser uma simples ferramenta do governo.

    Somos Deuses acorrentados e, pelas ferrugens. Isso. Não. Está. Certo
    Isso não está certo.”

    Syenite: uma jovem que está sendo treinada pela organização e é uma “Quatro-anéis” por possuir uma certa experiência. O fulcro ranqueia os orogenes pelo tamanho de seus poderes e controle do mesmo, dividindo-os em escalas de 0 até 10 anéis, sendo os últimos reservados aos mais poderosos e experientes.

    A terra partida

    Uma das características mais marcantes do livro é o que se refere ao título do livro. O continente onde se passam as histórias, A Quietude, é um lugar atormentado por desastres naturais o tempo todo.

    Isto é o que você deve se lembrar: o fim de uma história é apenas o começo de outra. Afinal, isso já aconteceu antes. Pessoas morrem. Velhas ordens passam. Novas sociedades nascem. Quando dizemos ‘o mundo acabou’, geralmente é mentira, porque o planeta está bem. Mas é assim que o mundo acaba. É assim que o mundo acaba. Pela última vez”.

    Alguns desses desastres acontecem com tamanho poder que quase extermina toda a população. Esses eventos apocalípticos são chamados de Quinta estação. As quintas estações ocorrem com um intervalo relativamente grande de anos, fazendo com que a humanidade consiga se recuperar do evento anterior.

    Inverno, Primavera, Verão, Outono; a Morte é a quinta e ocupa o trono.

    Analogias

    O livro possui similaridades com o nosso mundo real. Acredito que cada leitor consiga tirar uma analogia comparando com seu conhecimento da história do mundo ou sua realidade. Como os exemplos já citados, sobre a escravidão e os judeus.

    Os orogenes funcionam exatamente igual como os mutantes em X-men. Apesar de serem poderosos e capazes de cooperar e salvar a humanidade, são tratados como monstros. A maioria dos seres humanos enxergam com medo tudo que é diferente.

    Esses humanos tratados com desprezo e crueldade nada mais são que os negros, gays e outras minorias sociais que existem em nossa realidade.

    Isso fica muito claro quando a autora usa neologismo para criar uma palavra no contexto do livro, “Rogga”, que é uma forma pejorativa de chamar os orogenes. A palavra rogga vem de “nigga”, palavra em inglês depreciativa a qual os norte-americanos chamavam e chamam as pessoas negras.

    Origem e o futuro do livro

    Com o objetivo de divulgar o conhecimento científico através de obras com embasamento na ciência, escritores e influenciadores digitais foram convidados para um evento criado pela NASA. É desse evento que surge A quinta estação, o primeiro livro da trilogia A terra partida.

    Os três livros da autora ganharam o maior prêmio de fantasia e ficção científica do mundo, o Hugo Awards. Foi a primeira vez que um autor ganhou por três vezes (2016, 2017 e 2018) consecutivas o prêmio. E também foi a primeira pessoa negra a ganhar o prêmio.

    E os fãs dos livros já podem comemorar pois a trilogia A terra partida já possui adaptações confirmadas para os cinemas pelo estúdio Sony. Inclusive quem ajudará nos roteiros será a própria autora, N.K. Jemisin. O ator Michael B. Jordan será um dos produtores da adaptação.

    Conclusão

    Apesar de não ter gostado tanto das sequências, A quinta estação é um dos meus livros de ficção científica favoritos.

    É um livro muito agradável de ler, instigando o leitor a continuar para descobrir mais sobre a história. É um livro cheio de surpresas e reviravoltas que nem posso citar ou dar dicas para não estragar a experiência de ninguém.

    O conjunto da divisão da história pelos três personagens, a construção de mundo, a divisão da sociedade e as referências ao mundo atual, tornam a quinta estação merecedora de todos os prêmios e relevância que recebeu. Com certeza as outras obras da autora entraram no meu radar para futuras leituras.

    A Terra Perdida N.K. Jemisin Prêmio Hugo
    Jael Jaime Rainert
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    Apaixonado por boas histórias, não importando onde elas estejam, livros, filmes, séries ou jogos. Tem pouco tempo para a quantidade de hobbies que possui. É professor de história, ama ensinar e aprender. Seus gêneros favoritos são fantasia, histórico e ficção científica.

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